PONCHO
O poncho (do quíchua: punchu) , é uma vestimenta tradicional da América do Sul. O gaúcho do meio rural usa-o para proteção do frio e do vento, por sobre a vestimenta usual, sendo feito em teares com lã de ovelha. Nas cidades ainda se pode vê-lo em dias frios como sobretudo. Ainda serve como cobertor improvisado. Na América andina é feito de lã de lhama, alpaca ou vicunha. Comercialmente, por vezes são feitos com fibras sintéticas.
Consiste basicamente em um tecido de aproximadamente 3,5 x 2,5 metros com uma abertura no centro, para ser passada pela cabeça e apoiado nos ombros. É imprescindível que seja quente, ou tenha pouca permeabilidade à água, conforme o uso a que se destina.
No Brasil, seu uso data desde pelo menos o período colonial, pois testamentos seiscentistas
de sertanistas paulistas já documentam a existência do poncho, trazido das possessões castelhanas provavelmente durante o período da União Ibérica.[1] Foi vestimenta usada por diversos grupos, como bandeirantes, tropeiros e gaúchos. Seu uso era bastante comum nas províncias meridionais do Brasil até o final do século XIX, incluindo São Paulo[2] [3], Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e partes de Minas Gerais e do Mato Grosso ou Goiás, todas estas regiões tradicionalmente fornecedoras de condutores de mulas (tropeiros).
Em tecido pesado e espesso, usado em dias de frio intenso. É também um excelente abrigo para o vento e a chuva (quando impermeabilizado). Possui abertura frontal e outras duas pequenas aberturas laterais, para os braços e as mãos.